26.03.2014
46
Rap
Tekst piosenki
[Verso 1: Zap-san]
Menino raquítico vestido em trapos
Não sabe nem o número que calça porque nunca teve um sapato
Fi de louca e de um pai e bebum
Ai se ele sem querer quebrasse aquela "51"
Que mané palmada e castigo
Era porrada na cara como se fosse tipo um inimigo
Que sangra e não traz remorso
Criança que não entende e ouve tanto a palavra divórcio
Inocente, cedo aprende o que é ódio
Sente que o lugar dele não é no pódio
Tá entregue do jeito que o diabo gosta
Sociedade má já faz suas apostas
Ladrão, traficante, bandido
(hum) coitadinho aí desse menino
Sem estrutura nenhuma tá perdido
Se pá ainda pode ser um assassino
Frio, pobre olhar não traz um brilho
Se vê no espelho e quer ter cabelo liso
Não entende porque seus amigos tem carinho
E ele apanha tanto de quem deveria ser seu ídolo
Que fuma cigarro dentro de um cubículo
Pões as bitucas em qualquer orifício
Dessas paredes, desse barraco ridículo
O quintal é um matagal e o chão sem piso é batido
[Refrão: Zap-san]
Parece exagero, parece até um personagem de ficção
Coisa de roteiro, uma história inventada uma criação
(mas não, mas não)
Muito se rastejou pra chegar aqui
O quanto que chorou pra poder sorrir
Seu tempos de moleque
São marcas pra uma vida inteira
Que lembrou e inspirou esse "flashback"
[Verso: Zap-san]
Ele queria ser o "Jaspion" mas
Só pra se defender das surras do seu pai
Queria ter asas pra sair voado
Pra não ter que passar a vergonha de assistir ele embriagado
Constrangedor de mais
Estar presente, ouvir e enxergar os escândalos que ele faz
Sinceramente não deve ser fácil
Ter que ser filho da piada ali do bairro
Mas mesmo assim, pra por as fichas no "Mortal Kombat"
Ele olhava carros nas praias da cidade
Já vendeu sorvete, não perdeu o ânimo
Com dez já foi até ajudante de mecânico
E inimigo da educação
Passava de série só com recuperação
As vitrines eram a sua maior tentação
E quantas vezes não levou uns bang no calção com precisão?
Pra ele a palavra "vitória"
Era quando batia e não apanhava na porta da escola
Pra ele a palavra "futuro"
Era matar umas duas aulas "depois" do recreio pulando o muro
Pra ele a palavra "alegria"
Se resumia na fita cassete dos Mamonas Assassinas
Pra ele "chance" é a vida, pra ele "paz" é uma pipa
Pra ele "sonho" é aquele da padaria
Mas como um jogo de bilhar
Se a bola oito ainda não caiu, tudo tem tempo de mudar
De se rebelar, façam as suas apostas
Se foi pra traficante, nóia ou preso, errada a resposta
O que bastava pra ele resistir
Sua única chance foi crescer longe dali
Hoje com vinte e sete, o resultado
Sem passagem, crocodilagem
E nunca experimentou na vida nem se quer um mísero cigarro
[Refrão]
Tłumaczenie
Brak
Najnowsze teksty piosenek
Sprawdź teksty piosenek i albumy dodane w ciągu ostatnich 7 dni