Verdade Inconveniente

Diariamente, o diário mente/ Frequentemente, o otário sente/ Que maquiadores, maquiam dores/ E ditadores, ditam dores/ É fato, é chato/ Sempre vai rolar boato/ No caso, não caço/ Desconfio de cada abraço/ Porque passo duvidando daquilo que é duvidoso/ Aquilo que é perigoso acaba te convidando/ Te chamando, intimando, falando de tudo que faço/ Se clamando o teu espaço tem quem se ache o Picasso/ Questionavél e intrigante/ Insuportável ir avante/ Instável e palpitante/ Improvável que levante/ Cante! Se expresse e confesse com sinceridade/ Se apresse antes que o stress tome conta da cidade/ Fome aponta desigualdade, verdade incoveniente/ Ter amizade proveniente da maldade inocente/ Que é se preocupar só com quem tem aquela barca certa/ Nem vem me procurar se te convém vaca de perna aberta/ Caverna coberta, de dúvidas e belezas/ Lúcidas tem certeza que não são as últimas da natureza/ Veja, se apedreja quem deveria ser ajudado/ Que seja! cerveja é a alegria pro nosso abestado/ Posso ser acusado de todos os crimes capitais/ Mas os regimes mentais não vão nos ajudar jamais/ Ouça o canto dos pardais, digo, dos gaviões reais/ Tantos crimes ambientais, amigo, trilhões de reais/ Botaram fogo na madeira, pensaram pouco na maneira/ Levaram muito na carteira e celebraram a noite inteira/ Que bando de topeira, ganância é uma coisa bem chata/ Quando se vê a tarde inteira arrogância e sangue de barata/ Em gangue de vira lata!