01.01.2006
8
Rap
Tekst piosenki
[Verso 1: Eduardo]
Sou testemunha de um milagre de Cristo
Vejo o crucifixo tornando o oprimido pacífico
A fé em dose cavalar anula o espírito de guerra
Aceitar a dor da carne pra ser feliz na vida eterna
Só essa tese explica a ausência do grupo guerrilheiro
Com bomba incendiária pra libertação de preso
É um milagre o Carrefour não ser saqueado
As árvores do Ibirapuera não ter rico enforcado
Todo dia no avião pagador não ter ação
Ouro em barra na mão, paraquedas pra tripulação
O político na autópsia ter água no pulmão
Sinal que jogaram de braço amarrado pra natação
Meu ponto de vista é sincero e dá processo
Quer o palanque? Dá o martelo e "plá" no meio do cérebro
Irônico-trágico o povo em 2º em compra de jato
Não consome as calorias pra uma vida saudável
Tudo é válido onde quem faz filme pornográfico
Vira rainha e tira o material do mercado
O Calcanhar de Aquiles do pobre é a educação
Imagina o mendigo compreendendo a constituição
Pro Instituto de Zoonoses uma pá de magnata
Morrer na câmara de descompressão igual vira-lata
Não ouvi da boca de Jesus para eu dar a outra face
Prefiro crer que ele me queira gladiador, não covarde
[Refrão: Smith & J. Ariais]
Você não honra a dor da coroa de espinhos
A palavra sagrada é munição, não é exílio
A carne furada com prego na crucificação
Merece mais do que prece e joelho no chão
Espada no Dragão!
[Verso 2: Eduardo]
A Bíblia não é escudo, é manual pra libertação
Siga o exemplo de São Jorge: Espada no Dragão
Não espera a justiça do homem ela é podre, é cega
Queria dar Nobel pro Bush que promove a guerra
O inimigo destrói sua célula, sua herança genética
Dá o padrão da sua linha de montagem perversa
O peso, a altura, o modo que você raciocina
É consequência da dieta sem proteína
Lembra o tempo da escola, na prova o zero?
Você não era burro, faltou leite materno
Quase entrou nos 9% de crianças desnutridas
Que morrem antes de um ano de vida
O refém no cativeiro não é vingança
Dão um deles pra ver PM estraçalhar nossas crianças
Põem carteira, plantam arma, pólvora na unha
Depois abrem um B.O. com umas vinte testemunhas
Até a planta da sua casa é do arquiteto inimigo
Compensado, Brasilit, barro como piso
Seu filho se pá vai degolar a professora
"Cadê o material?" Ouve toda mão que vai na lousa
Nem com morte cerebral, esperando o Off do aparelho
O colecionador de Ferrari te doa um fio de cabelo
Jesus já fez sua parte, furaram com prego sua mão
Em tempos de guerra a Kalashnikov é oração
[Refrão: Smith & J. Ariais]
[Verso 3: Eduardo]
A vida é rinha de Pit Bull onde Poodle não sai vivo
Foco de incêndio onde não chega a escada Magirus
Mesmo o rico daqui visto no exterior como Tarzan e Chita
Quer seu corpo no carro de mão na BBC sendo notícia
O piquete que derruba secretário
É o dos 29 presídios simultaneamente rebelados
Só temem o preso com estratégia guerrilheira
Que abala as colunas do prédio da Bovespa
Enquanto se escondem atrás da Bíblia, do terço
Votam o projeto pra idade penal começar no berço
O negro que protesta pela sua cota na faculdade
Termina enforcado na carceragem do Depatri
"Papai, quê isso preto no feijão do meu prato?"
"É fezes de rato, tira aí com o garfo"
Essas horas ter feito química seria bom
Pra jogar no Morumbi uma bomba de um Megaton
Quando arrancarem olho pra leitora biométrica
Não por arroz na panela, como Golpe de Estado da favela
O português que rouba nossa terra até hoje
Não vai mais derrubar barraco pra montar campo de golfe
Não vou pôr emblema da Telefônica no Palio
De crachá, entrar na mansão com 171 nos empregados
Minha aprovação pro céu, talvez seja no banco dos réus
Porque alojei no opressor um projétil de Imbel
[Refrão: Smith & J. Ariais]
Tłumaczenie
Brak
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