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[Verso 1: Emicida] Eu sou o Deus da Guerra, no meu peito rufam tambores Tocados em ritos, criados sobre o grito de dores Angústia do porão, desejo de vingança, solidão Piedade, hoje não, talvez quando eu tinha um coração A meta: Construir outros quinhentos E tô disposto a morrer, igual cada um dos trezentos Espartanos, o que vocês são? (Ahu!) Mudo e mando: Manos, o que vocês são? (A Rua!) Nosso alimento é o medo no olhar do oponente Tombando em frente, sentindo o que há tempos a gente sente Logo beijem suas mulheres, beijem pra eternizar Devemos considerar a possibilidade de não voltar E não cobrar a diáspora Vim matar meus inimigos igual Sun Tzu, e isso não é uma metáfora Os meus reconheço pela conduta Prepare os seus, hoje verá que um filho teu não foge a luta [Refrão: Mariana Timbó, Emicida] Adeus Adeus (Seja como Deus quiser) Meu amor, não esqueça de mim (Não, não) Vou rezar pra ter bom tempo, meu nego Pra não ter tempo ruim [Verso 2: Emicida] Me botaram tão pra baixo aqui Que do ponto onde cheguei, só era possível subir Guardei toda mágoa, pra com ela regar meu rancôr Alimentar minha raiva, devolver em forma de dor Magrelo da perna comprida, com ódio pra mais de uma vida No campão visto como besta Na mente o diabo fazendo hora extra, hey! Quem já viu o que vi, não faz questão de replay A lei dos canalha fez a vida cheia de falha Por isso minha existência (hoje) só tem sentido na batalha Onde o normal é não ter pai, esperar a mãe que não vem Sentir frio, fome, não ter o que todo mundo tem Ter vergonha do espelho, aliás, se espelhar em quem? Pular uns corpos do caminho, achando que isso é normal também O que resta? Lutar pra se sentir vivo Hoje MC's querem festas, eu ainda quero motivos [Refrão: Mariana Timbó, Emicida] [Verso 3: Emicida] Avisem que Zumbi voltou, tá ligado, a hora do "Bum" Cês vão lembrar que o punho cerrado é mais que o logo da Slum Nego Nagô, trago nos olhos Xangô e Ogum Caem fracos, não se carrega peso morto, essa é a regra um Via massacre todo dia Ganhei que se inocência fosse segurança, criança não morria Minha esperança morreu cedo, e ao invés de sentir medo da matança O resto de mim jurou vingança Uno os maloqueiros, pra honrar os em memória Uns dizem que faz dinheiro, (será?), a gente faz história Eles são porcos num chiqueiro de inglória Irmão, cê não acha que se explica demais pra quem tem razão? Há anos manos traficam no quintal Se coxinhas não vêem sua parte causa um funeral Pretos amontoados por um racismo brutal Não tem justiça, quero vingança, foda-se, agora é pessoal! [Refrão: Mariana Timbó, Emicida]
Tłumaczenie
Brak

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